Éris: A deusa da Discórdia

Primeiramente Éris é irmã e companheira de Ares. Acompanhava o deus da guerra nos campos de batalha e suscitava o ódio entre os combatentes. Mãe das dores, do esquecimento e da fome. Conhecida como deusa da discórdia.

Seu papel era semear intriga e desentendimento, fomentando disputa tanto entre os deuses quanto aos mortais. Ninguém a superava nesse quesito. Discreta e sutil ela semeava as desavenças de forma habilidosa jogando um contra o outro.

Despeitada por não ter sido convidada ao casamento de Tétis e Peleu, surgiu inesperadamente e atirou ao chão uma fascinante maça dourada, coma inscrição “Para A Mais Bela”. Três deusas – Atena, Afrodite e Hera precipitaram-se para apanhar a maçã.

Zeus, o pai dos deuses, pressentindo uma tragédia interveio, mas não querendo tomar partido em assunto tão delicado tentou esquivar-se. Nomeando outro deus para a dirimir a disputa.

Como nenhum dos deuses aceitou a missão por temer o rancor das perdedoras. Zeus em sua sabedoria chamou Hermes, o mensageiro do Olimpo, e disse para que submetesse o caso a um mortal.

Éris
O Julgamento de Páris

Éris Causa O Julgamento de Páris:

A escolha recaiu sobre Páris, um príncipe troiano, que foi imediatamente convocado.

Cada deusa ofereceu os seus predicados e tentou comprar a simpatia do juiz com ofertas irrecusáveis. Hera foi a primeira a tomar a frente prometendo torna-lo rei de todo o império da Ásia. Mal ela acaba de terminar a frase quando Atena interrompe prometendo-lhe o dom da sabedoria e da vitória em todos os combates. Em seguida Afrodite se posiciona na disputa garantindo-lhe que se for a escolhida, lhe dará o amor da mulher mais bela da Terra.

Depois de muito refletir, o troiano proferiu sua sentença: A maça coube a Afrodite deusa do Amor. Ganhando o ódio de Hera e Atena que sorriram uma para outra e, em seguida, saíram de braços dados confabulando a ruína de Tróia.

A deusa Afrodite cumpriu a risca sua promessa. A mais bela das mulheres, porém, era Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta. Páris, mesmo informado disso, não desistiu de seu propósito. Viajou para o sul da Grécia e foi muito bem recebido por Menelau, que de nada suspeitava. Afrodite encantou a belíssima Helena que se apaixonou perdidamente por Páris que a levou para Tróia, com muitas jóias e objetos de valor.

Começou assim uma guerra sanguinária, que se estendeu por 10 longos anos.

E tudo por causa do pomo de Éris, que fez jus ao seu título de deusa e semeou a discórdia.

Ó Éris, deusa da discórdia e da intriga. Teu mito nos relembra que a vida é ambígua. E que não fosse a discórdia, seria estagnada a nossa vida.
É no caos que vamos a apreciar a calmaria. E, na discórdia, encontramos a força da harmonia.

Beto Freitas

O que a deusa Éris pode te ensinar?

A deusa Éris e sua história podem nos ensinar algumas lições valiosas como sem a discórdia a sua vida e a dos deuses ficariam estagnadas.

  1. Reconhecer o poder da discórdia: Éris personifica a discórdia e a rivalidade. Seu mito nos lembra que a discórdia pode causar conflitos e tensões, tanto nas relações pessoais quanto nas sociedades. Contudo devemos estar cientes do impacto que nossas palavras e ações podem ter e buscar a harmonia e a resolução de conflitos.
  2. Ser cuidadoso com as escolhas: O julgamento de Paris e a escolha da maçã dourada nos mostram as consequências de nossas decisões. Paris foi confrontado com ofertas tentadoras, mas sua escolha provocou a ira das outras deusas e levou à Guerra de Tróia. Em outras palavras considere cuidadosamente as consequências de nossas escolhas e tome decisões fundamentadas, levando em conta os valores, a ética e as intenções a longo prazo.
  3. Reconhecer a beleza subjetiva: O julgamento de Paris baseou-se na aparência e na beleza física, mas o resultado gerou conflito e sofrimento. Isso nos lembra que a beleza é subjetiva e que respeitar apenas a aparência externa pode levar a consequências espontâneas. Devemos aprender a apreciar a beleza em sua diversidade, considerando também qualidades internas, como caráter, sabedoria e bondade.

Em suma, a história de Éris nos convida a refletir sobre a importância da harmonia, das escolhas cuidadosas e da valorização de qualidades mais profundas além da aparência externa.

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