Tyche: A Deusa da Fortuna

A deusa Tyche ou Tique é a deusa da fortuna, do fardo bom ou ruim. Primeiramente o nome dela simboliza “conseguir por sorte ou por acaso”. Seu nome traz a ideia da dúvida, da incerteza, do engano, da mentira, da trapaça e do inesperado.

Tyche é da linhagem de Urano, ela é filha de dois Titãs, Tétis e Oceano. Como ela é filha desses dois poderosos titãs, ela guarda a força e a fertilidade. Ou seja, é forte e engenhosa como qualquer titã, e não pode ser controlada.

Tyche não possui nenhum mito, somente representações. Ela é uma deusa cega e usa uma faixa nos olhos, igual a deusa Temis, simbolizando que entrega a riqueza aleatoriamente e sem distinção, porque a fortuna é cega.

Apesar de não ter um mito, podemos dizer que Tyche esta muito bem acompanha de seus irmãos titãs, alguns deles são: Peithó (deusa da persuasão), Pluto (a riqueza), e Métis (a astúcia).

Em algumas representações ela é a deusa da abundância, da fortuna. Em suas mãos ela segura uma cornucópia. Sorte daquele que encontrar a fortuna em seu caminho.

Por isso ela nunca foi invocada e jamais era cultuada. Ela só age segundo a nossa conduta. É a ideia de sorte ou azar, tudo sempre na dependência de como caminhos aqui nesse vale de lagrima, (Junito Brandão).

O Que Podemos Aprender Com o Mito de Tyche a Deusa da Fortuna?

1. A fortuna é cega: No mito da deusa Tyche, aprendemos que a fortuna não tem preferências ou discernimento; ela distribui sua bênção ou adversidade de forma aleatória, sem considerar mérito ou virtude.
2. A fortuna está além do controle humano: O mito de Tyche destaca que os seres humanos têm pouco ou nenhum controle sobre os eventos fortuitos de suas vidas. Ou seja, nem mesmo os deuses não podem controlar completamente o destino das pessoas.
3. A sorte e o azar estão ao acaso: Do mesmo modo o mito sugere que tanto a sorte quanto o azar são imprevisíveis e podem ocorrer sem aviso prévio. Nesse sentido não há um padrão certo ou garantia de um resultado específico nas vicissitudes da fortuna.
4. A fortuna é imponderável: A história de Tyche nos lembra que a fortuna não pode ser medida ou calculada com precisão. Ela é uma força misteriosa e inexplicável que influencia o curso da vida humana de maneira imprevisível.
5. A fortuna é caprichosa: O mito enfatiza a natureza volúvel da fortuna, sugerindo que ela pode ser tanto benevolente quanto cruel, sem motivo aparente. As circunstâncias podem mudar rapidamente, trazendo tanto prosperidade quanto adversidade.

Um Canto a Tyche

Cega, como a justiça, com sua faixa nos olhos,
Ela tece os fios do destino, sem julgar os perigos,
Pois a fortuna é cega, não vê cor, nem mérito,
Na roda da vida, tudo é grande mistério.

Nunca invocada, jamais cultuada,
Ela paira sobre nós, como uma sombra esperada,
Reflexo de nossas ações, de nossos intentos,
A sorte, o azar, entrelaçados em nossos momentos.

Entre enganos e trapaças, Tyche só dança,
No vale de lágrimas, uma esperança,
Pois em seu jogo de luz e sombras, aprendemos,
Que na incerteza do destino, nosso caminho tecemos.

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