Apolo e Jacinto: Paixão Divina e Ciúmes Mortal

Está é uma história de amor entre dois homens, Apolo e Jacinto. Um deus e um mortal. Apolo foi corajoso, pois sabia que uma hora ou outra, a tristeza chegaria, pois ele tinha a plena consciência que a vida de quem ele amava era finita.
Todavia com o mesmo pensamento, Jacinto também sabia que sua vida era breve. Essa era força que precisava, e não teve medo de experimentar esse amor.

Jacinto, na mitologia grega foi filho do rei Amiclas, era um jovem troiano de notável beleza e esplendor. Sua aparência deslumbrante não apenas abria portas, mas também atraía tragédias. Afinal sua beleza conquistou o coração do poeta e cantor Thamires, além de despertar uma paixão incontrolável em Zéfiro, o deus do vento Oeste.

No entanto, suas esperanças foram esmagadas quando Apolo, o poderoso deus do sol, interveio. Determinado a ficar com Jacinto, Apolo usou sua autoridade divina para repelir tanto o poeta quanto o deus do vento Oeste. Com sua presença resplandecente e sua força implacável, Apolo afastou os rivais de Jacinto. E eles se tornaram amantes.

Apollo se apaixonou profundamente por Jacinto. O deus passava horas com o jovem, ensinando-lhe a tocar a lira, lançar o disco e recitar poesia. A relação entre eles floresceu, e Apolo dedicou grande parte de seu tempo a Jacinto.

Apolo e Jacinto: O Trágico Erro de Apolo e A Morte Acidental de Jacinto

Certa vez, em um dia de muito sol, durante seus encontros amorosos, Apolo e Jacinto, tiraram suas roupas. Em seguida se friccionaram com azeite de Oliva para que seus corpos ficassem mais brilhantes.

Ambos se divertiam em arremessar discos, foi então que resolveram se desafiar entre eles durante o jogo.

Numa das jogadas, Apolo sempre muito intenso, atirou o disco com demasiada força. Zéfiro que estava por ali teve um acesso de ciúmes, e para se vingar, desviou o disco que acertou em cheio o crânio do adolescente. Apolo em vão tentou socorre-lo, mas os deuses não podem ressuscitar ninguém. Jacinto empalideceu e caiu, ferido de morte.

O deus Apolo chorou a morte de seu amante. Do sangue de Jacinto que caiu na terra, nasceu uma flor, mais brilhante do que a púrpura e de formato semelhante ao do lírio. Nas pétalas tinha traçadas as letras que formam as iniciais do seu nome. E recebeu seu nome a flor de Jacinto.

Apolo se culpava e se lamentava pela morte de Jacinto. No entanto, mal sabia ele que o verdadeiro autor da morte de seu amado foi Zéfiro, rival infeliz de Apolo. Em outras versões a morte de Jacinto é atribuída a Bóreas, pelo mesmo motivo.

Significado do Mito

O mito de Apolo e Jacinto traz a simbologia do Luto e Transformação: A reação de Apolo à morte de Jacinto, chorando e transformando seu sangue em uma flor, pode simbolizar o processo de luto e a capacidade de transformar a dor em algo belo e significativo. Em conclusão psicologicamente, isso representa a ideia de que, através do sofrimento, pode surgir crescimento e renovação.

Nos campos dourados de luz e poesia,
Apolo encontrou Jacinto, pura harmonia.
Beleza e amor em um só compasso,
Unidos, viviam num eterno abraço.

Mas o vento Oeste, com ciúmes feroz,
Soprou uma tempestade, separando a voz.
O disco cruel, num golpe fatal,
Deixou Apolo em pranto, lamento imortal.

Das lágrimas e sangue, uma flor renasceu,
Memória eterna do amor que viveu.
Nas pétalas, gravadas, um suspiro e dor,
Jacinto, para sempre, um símbolo de amor.

Beto Freitas

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